quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

"O mártir dá testemunho de sua Fé em Jesus, que é único Senhor”, segundo Cardeal do Rio

Rio de Janeiro (Quinta-feira, 14-01-2016, Gaudium Press) "A história do Cristianismo é mesclada com a história de incontáveis mártires que, desde os primeiros séculos até os dias de hoje, testemunham, com o derramamento de sangue, a Fé incondicional no Salvador da humanidade".
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E desta forma, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, iniciou seu artigo abordando sobre a vida dos santos mártires que dedicaram suas vidas pela defesa da Fé cristã.
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"Antes de tudo, podemos nos perguntar: que é um mártir?", indaga Dom Orani. Em seguida, responde: "Mártir evoca aquele que morre em meio a suplícios devido à perseguição por causa da Fé. Mas é necessário recordar que essa palavra grega significa ‘testemunha'".
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"O mártir dá testemunho de sua Fé em Jesus, que é único Senhor, excluindo qualquer outro, até mesmo um imperador. O cristão não busca o martírio, muito embora isso possa ocorrer. Ele defende sua vida e pode fugir à perseguição, mas, quando esta chega, dá testemunho até o fim, imitando Jesus até em sua paixão e em sua morte. Assim, o mártir se identifica com Jesus", explica.
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Segundo Dom Orani, "não existiram mártires só nos primeiros séculos, mas em todas as épocas e lugares temos muitos testemunhos de mártires. A história da Igreja em todos os cantos do planeta é permeada pelo testemunho dos mártires, sementes de novos cristãos. Porém, quando falamos de perseguição ao Cristianismo, nada pode se comparar ao século XX e a este início do século XXI".
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"Só os mártires provenientes das grandes revoluções e regimes ditatoriais superam os de toda a história. A Revolução Russa (1917), por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e 34 mil religiosos. O Comunismo se espalhou pelo mundo e declarou a religião como subversiva e inimiga do Estado. Igrejas, conventos e seminários são fechados e destruídos. São incontáveis os números de mártires por diversos motivos em países como União Soviética, Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba. Mesmo em países tidos como cristãos, como Espanha e México, entre tantos outros, encontramos a perseguição e o martírio", explica.
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Ainda conforme o purpurado, a perseguição nos dias atuais "não é somente a física, ou seja, o martírio de sangue", uma vez que "existe outra forma de perseguição que se espalha pelo mundo e por países que, antes, eram profundamente cristãos".
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"Segundo o Papa Emérito Bento XVI: ‘hoje existe o martírio da ridicularização, ou seja, se você se denomina cristão no trabalho, na universidade ou coloca um crucifixo no peito, eles o ridicularizam. Vão chamá-lo de alienado, de fundamentalista, medieval. Não é uma perseguição que vem com as armas, mas com a cultura'. Este é um dos tipos que no Ocidente, tido como cristão, mais tem vilipendiado a religião e ofendido os católicos que veem sua fé sendo ridicularizada em tantas situações".
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Sendo assim, acrescenta, "mártir é todo aquele que morre em nome da Fé. A estes queremos pedir a graça, e que nos ensinem a ter uma Fé madura e alicerçada na rocha que é Jesus Cristo".
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"Nestes dias em que a nossa Arquidiocese celebra o seu Padroeiro, mártir São Sebastião, faço novamente a invocação da Igreja primitiva: "que o sangue dos mártires seja semente de novos cristãos", conclui Dom Orani. (LMI)
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Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese do Rio de Janeiro
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